Arlete Piedade Louro Daniel

 

 


Arlete Piedade Louro Daniel, nascida a 19 de Junho de 1956, numa pequena aldeia do distrito de Santarém, Portugal, onde passou a sua infância, até vir estudar para Santarém onde fez o curso da escola secundária, e iniciou a sua vida profissional numa seguradora com a idade de 17 anos incompletos.

Em 1980 por motivos de ordem pessoal, passa a residir e trabalhar na zona de Lisboa, onde se manteve até 1994, ano em que regressa a Santarém para cuidar dos negócios da família.

Já na infância e adolescência se manifestava o seu interesse pela leitura e escrita, ficando célebres as suas redacções na escola primária, e secundária, mas com a entrada na idade adulta, o início das responsabilidades familiares e o nascimento dos dois filhos, apenas na leitura se refugiava por vezes para viver em fantasia realidades alternativas á vida monótona do dia a dia de uma grande cidade.

Com a volta a Santarém e os filhos já crescidos, continua a refugiar-se na leitura até que é incentivada a escrever por amigos e assim volta a manifestar-se o seu interesse pela escrita em especial de poesia.

Tem diversos poemas escritos, alguns publicados em sites da Internet, a maioria não publicados, versando em especial o universo das emoções e sentimentos.




Tempo a Compasso


Como os anos fogem e veloz passa o tempo...

Muda o exterior, a aparência que os olhos vêem,

Mas no coração, e na alma o mesmo sentimento,

Que o tempo reforça e a mesma força, mantém.



Já o perfil doce e firme da juventude há muito se alterou...

Dos olhos o brilho a vida apagou com suas tristezas,

Também a pele lisa e uniforme de menina se manchou,

Mas apesar de tudo, bate ainda o coração com certezas..



De que embora o outono melancólico e belo vá chegando...

O cansado coração vai batendo e ainda sempre esperando...

Por sentir junto a si, outro coração unido num só compasso,



E mesmo com traços esbatidos, a minha boca vai guardando,

O mesmo anseio partilhado, o mesmo sorriso e beijo desejado,

E continua a espera do tempo certo, sempre no mesmo passo.


Arlete Piedade - 21/04/05





AMIZADE


Amizade se chama a um sentimento
Que não tem espaço, nem tem tempo

Que nasce espontâneo, livre e puro,
Que não faz a alma e o coração duro.

Faz sim sentir carinho, desejo de dar a mão
Ás pessoas que encontramos pelo caminho

E sem uma razão, suscitam nossa afeição...
Ás vezes temos compaixão, ás vezes ternura...
Mas sempre uma afeição simples, terna, pura...

Mas amizade tem que ser correspondida,
Necessita alguns requisitos para vingar...

Lealdade para ser bem compreendida,
Respeito para no coração, não murchar.

Na verdadeira amizade há compreensão,
Para os sentimentos do outro não magoar.

Sabemos que para as nossas lágrimas...
Temos sempre um ombro para chorar...

Sendo a afeição verdadeira não há lugar,
Para invejas, ódios e ciúmes manifestar...

Há sim atitudes dignas para assumir,
E a quem se sente amigo, saber retribuir.

Saber sentir como nossa a sua alegria
Saber sentir a tristeza para confortar...

Saber dar sempre uma palavra amiga,
Sem esquecer de sentimentos respeitar.

Se para ti amizade não rimar com lealdade...
Se para ti compaixão não rimar com perdão...
Se para ti respeito não tiver lugar no teu peito..

Então precisas aprender em primeiro lugar..
A tua auto-estima e dignidade valorizar.

Para assim poderes entender e corresponder
A quem te dá valor como um humano ser....

Arlete Piedade

Conformação



Com tristeza e conformação na alma saudosa,
Recorda sempre o seu amor perfeito já perdido,
Fingindo que está tudo bem, na vida dolorosa,
Nutrindo-se de doces lembranças do tempo ido.

Brincando e sorrindo para quem apenas a vê assim,
Uma imagem de bela mulher, doce, loura e sorridente,
Tentando esquecer a partida do destino cruel e ruim,
Escondendo de todo o mundo o que o coração sente.

Assim vai vivendo os seus dias monótonos e sem cor,
Em imagens e música, dando voz aos seus sonhos e dor,
Que resguarda dos olhares alheios com contida emoção...

Sempre ainda esperando pelo retorno do seu antigo amor,
Aquele que a fez sentir mulher com anseios, desejos, ardor,
Nunca esquecido, a louca paixão guardada no coração.

Arlete Piedade - 25/04/05
(Dedicado á minha amiga Cristina)



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