Rosimeire Leal da Motta

 

  

Nasci e resido no município de Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, em 16 de abril de 1969. Sou, por formação, professora, mas trabalho com a Contabilidade.

Sou criativa e sempre tenho muitas idéias. Gosto de pesquisar, descobrir e analisar. Além da literatura aprecio a História e a Arqueologia. Deus está em primeiro lugar na minha vida. Sinto uma paixão especial pelo idioma espanhol, museus de arqueologia e exposição de quadros. O traço marcante da minha personalidade é a timidez e o romantismo.

Comecei a escrever aos 15 anos, seguindo o exemplo da minha mãe que usava a escrita como uma maneira de expressar seus problemas pessoais. A outra influência foram os livros, pois por ser tímida, passei a maior parte da minha adolescência lendo.

Meu primeiro trabalho literário foi "MEU IDEAL DE POESIA" (prosa), escrito aos 15 anos.

Desenvolvo o estilo Simbolismo, onde a vida interior é revelada por meio de símbolos. Existe a postura romântica, centralizada no "eu", explorando as camadas mais profundas do subconsciente e inconsciente. Na verdade, não sei explicar como adquiri este estilo, possivelmente deve ter sido porque sempre fui tímida e tinha vergonha de falar sobre mim de maneira clara e então inconscientemente, usava objetos materiais e abstratos para representar o que sinto. A Inspiração não tem hora para chegar; quando estou triste os textos brotam com maior facilidade, mas me encanta olhar uma foto, imagem ou desenho fixamente, analisando o que vejo, o que está me transmitindo e os sentimentos ocultos. Algumas poesias de minha autoria que foram escritas assim: "ESQUECIDO PARA SEMPRE", "OLHAR VAZIO", e outras.

Participei da “1ª ANTOLOGIA POÉTICA”, AVBL (Do virtual para o real em Junho/2004. Antes havia divulgado pela Internet um livro virtual que se chamava “VOZ DA ALMA”, que foi editado pela AVBL em 16/04/2004) que pode ser encontrado no endereço: http://www.ebooknet.com.br/rosimeirelealdamotta/index.htm )
_ Rosimeire Leal da Motta _


ESCOLA DA VIDA
Rosimeire Leal da Motta


Quando um feto é formado, está sendo feita uma matricula para entrar na escola da vida.

O cotidiano vai moldando aos poucos a pessoa.

No momento em que a criança vem ao mundo, é iniciada as aulas de aprendizagem. Estão ao seu dispor os melhores professores com titulação de Mestre e Doutorado: seus pais. A medida que cresce, brincando vai aprendendo.

O material auxiliar de ensino, está tudo o que está a sua volta.

As lições teóricas são realizadas em seu lar e na convivência com as demais pessoas e colocadas em pratica no seu dia-a-dia.

Muitas vezes, apesar de inúmeras explicações, o aluno demora a entender... erra muitas vezes até acertar. Porém, há aqueles que são sempre reprovados e parece que jamais alcançarão a próxima etapa.

A vida é um estudar continuo, cuja carga horária só termina quando deixamos de respirar, entretanto, pressentimos que em tempo algum nos tornamos realmente habilitados para viver na integra.

É necessário ultrapassar a fase de estagiário e aproximar-se ao máximo de um profissional capacitado na arte de viver...igualar-se a um aventureiro e escalar os picos mais altos das dificuldades. Sofrer, ganhar ou perder, não importa, mas recolher o que adquiriu ao longo dos anos e seguir em frente e preparar-se para o próximo obstáculo, porque a existência é uma batalha constante, não necessariamente uma guerra violenta, porém, ela gosta de provocar para conduzir o individuo mais adiante.

A pós-graduação se dá na maturidade, no auge da vivência.

No fim, quando o ser humano fecha os olhos e parte para a eternidade, leva consigo sua maior riqueza: experiências de vida... e isto não se pode receber como herança de ninguém: cada qual conquista a sua e ficam apenas as memórias da trajetória de um estudante que tornou-se universitário, diplomou-se no entanto, lhe persegue a sensação que ainda falta alguma coisa...

Por muito que se vive, parece pouco...

Ao nascer, nos é presenteado uma caneta para com ela escrevermos a história da nossa vida, contudo, um dia a tinta acaba, não sendo possível substitui-la por outra.

HOMENAGENS A MINHA MÃE:
Maria do Carmo Leal dos Santos - 1948/ 1994
Rosimeire Leal da Motta


Despontar do ventre.

Embalos baianos.

Nascimento!

Visão pálida da vida,

sonhos de menina nordestina!

Aprendizagem gradativa,

descobertas adolescentes!

Planos traçados, ilusão formada.

Buquê de flores,

alma feminina!

Grandes decisões rumo ao litoral capixaba,

promessas de felicidade,

coração de mulher!

Três brotos do seu íntimo,

imortalização do seu nome,

continuação da sua dinastia!

Senhora de si,

linhas no rosto, vivência difícil,

maturidade!

Soou a ultima badalada,

tempo esgotado!

Deus a levou...


SOLIDÃO
Rosimeire Leal da Motta


Caminhando ao léu,

mãos no bolso, olhar disperso.

Pensamentos sem rumo.

O vazio.

Ruídos monótonos.

O vento soprando.

O murmurar do mar ao longe,

sobrevoa-lhe um pássaro em vôo rasante.

O tempo parado.

As horas se arrastam... minutos se transformam em segundos,

Finalmente chega a tarde e preguiçosamente vem a noite.

Imagens do passado passando em câmara lenta na mente.

Recordações tristes, chuvas de lágrimas.

Nuvens deslizando vagarosamente no céu.

Retorna ao casulo.

Quatro paredes, um quarto, tom bege,

moreno como a amargura.

A porta se abre para o jardim,

O verde das plantas lhe entrega um ramalhete murcho de esperança.

Um rio perdido escorre pela face...

A solidão é isto!


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Mid: Oceano Djavan
Art :Nadir A D'Onofrio
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