Tonho França

 

 

 

José Antonio Muassab "Tonho França", paulista de Guaratinguetá, nascido em 14 de abril, começou a escrever para o Jornal "A Tribuna do Norte" aos 12 anos, tem dois livros solos publicados, Entre Parênteses e Sinos de Outono, ambos pela Editora Komedy, participação em onze coletâneas. Membro da U.B.E e da A.P.P.E.R.J, conseguiu alguns prêmios onde destaca-se 3º lugar Nacional no Festival Carioca de Poesia, prêmio Lya Luft, 3º lugar Nacional no 8º prêmio Missões de Poesia, chegou a fase final por duas vezes no Mapa Cultural Paulista, I Lugar no IV concurso de Poesia de Osasco, entre outros.
"Não escrevo para agradar, ou para vender, escrevo o que minha alma grita e o meu coração extravasa, escrevo porque sinto e por ser verdade"


Poema da Eternidade.

Levo-a sempre dentro de mim,
Entre as sombras serenas das estradas,
Em meio ao segredo doce das romãs, dos alecrins,
Levo-a sempre dentro de mim.
Ainda que o fardo da saudade
Faça mais pesada ser a caminhada.
Levo-a sempre dentro de mim,
Nos olhos, no peito, na pele tatuada,
Nas orações de todo nascer do dia,
Nos segredos, nos meus poros, na poesia,
Onde outro amor, nenhum amor, mais caberia.
Levo-a sempre dentro de mim,
Com a alma renovando-se a cada estação,
Com o tempo amadurecendo o coração,
Com a lembrança mais viva da tua imagem
Em meio ao segredo doce das romãs, dos alecrins,
Atravessando as portas, as pontes, os portos,
Até que a vida se faça, se cumpra, e me leve enfim,
Eu sempre a levarei dentro de mim.

Tonho França.



Tempo

O tempo é estático,
Somos nós que passamos.
Os amores não acabam
Somos nós que de amores mudamos.
As flores são eternas
Nós que a vemos murchando.
Todo dor é perene
Somos nós que nos acostumamos.
Toda hora é para sempre
Pena, que sempre abreviamos.
Toda chegada é partida, e é definitiva.
Somos nós que nos ausentamos.
Todas as lágrimas são repetidas
Somos nós que de novo derramamos.
Todas as respostas estão prontas
É nas perguntas que erramos
Todos os mortos estão vivos, e serenos
Fomos nós...que morremos.

Tonho França



THE END...

Risco com sangue,
Corto meus pulsos,
Arranco as cortinas,
Encerro o ato.
Enfeitiço o destino,
Desfaço o desatino,
Cubro-me com flores,
Esqueço os amores
Saio antes do fim,
desfaleço meus eus,
um a um, todos dentro de mim.

Tonho França.

Mid Riverie Debussy
Art  Nadir A D'Onofrio
Respeite os Direitos Autorais